A Comissão Episcopal da Pastoral Carcerária é a presença da Igreja no mundo Carcerário. Visa levar aos nossos irmãos reclusos uma palavra de encorajamento, de verdade, de correção e reabilitação.
Para alcançar este objectivo, as actividades desta pastoral se resumem em três domínios: assistência religiosa (Celebrações Eucaristicas, Celebracções da Palavra, catequeses, etc), assistência social e jurídica.
Lema "Pastoral Penitenciária ao serviço da reinserção social".
Comissão Episcopal da Pastoral Carcerária
O Significado do Brasão
O brasão da Pastoral Penitenciária em Moçambique é um símbolo rico em significado, representando a sua missão e os seus valores.
As figuras em verde e vermelho simbolizam os privados de liberdade e os irmãos da Pastoral Penitenciária, que caminham juntos, de mãos dadas, rumo a Cristo.
No centro, a Cruz de Cristo oferece uma âncora de salvação aos encarcerados e a toda a humanidade.
A luz do Sol que envolve o círculo superior do brasão representa o esplendor de Deus, que abraça toda a história da humanidade, incluindo o mundo prisional.
O movimento das figuras de baixo para cima traduz o "Duc in altum!" ("remar mar a dentro", "avançar mar a dentro") de Lucas 8:1-4, um convite de Jesus a Pedro. Este mesmo convite se estende aos agentes da Pastoral e aos presos: “vai para a frente” no mar aberto da evangelização nas cadeias e orienta os corações dos privados de liberdade para a luz de Cristo!
As cores do brasão são as da bandeira de Moçambique, reafirmando a identidade e o compromisso da pastoral com a nação.
Presença em todas as Dioceses
Hoje, a presença da Pastoral Penitenciária estende-se a todas as dioceses de Moçambique, adaptando-se às necessidades e realidades locais. Com mais de 500 agentes dedicados, a pastoral trabalha de diversas formas, levando a esperança e o conforto a quem se encontra privado de liberdade. Cada diocese conta com seu próprio diretor e uma estrutura diocesana que dinamiza e coordena as atividades.
A missão não se restringe apenas ao interior das prisões. Ela abrange o acompanhamento espiritual, o apoio psicológico, a reintegração social e a defesa dos direitos humanos dos reclusos. É uma resposta concreta ao chamado de Cristo para visitar os presos e ser uma presença de misericórdia.
Marcos de uma caminhada
A jornada da Pastoral Penitenciária em Moçambique é marcada por conquistas importantes:
1º Congresso Nacional: Em março de 2025, a Pastoral Penitenciária realizou seu primeiro congresso nacional. Este evento histórico reuniu agentes pastorais de todo o país, proporcionando um espaço de partilha de experiências, formação e fortalecimento da unidade na missão.
Materiais de Apoio e Formação: Para garantir a qualidade e a coerência da sua ação, foram elaborados e publicados diversos manuais e documentos. O Manual de Pastoral Penitenciária e as Linhas para um Plano de Pastoral Penitenciária são guias práticos para o trabalho diário. Além disso, foram criados materiais para a formação integral dos agentes e dos reclusos, como o Manual de Formação Humana Integral e o manual sobre o Magistério Social da Igreja.
Projeto "Casa da Misericórdia": Um dos projetos mais emblemáticos é a Casa da Misericórdia. Descrita em um livro próprio, esta iniciativa foca no acompanhamento, acolhimento e reinserção social dos reclusos que recuperam a liberdade. É um passo crucial para que estes indivíduos possam reconstruir as suas vidas e reintegrar-se na sociedade de forma plena.
A Pastoral Penitenciária em Moçambique é mais do que uma estrutura; é um movimento de fé, amor e solidariedade que se concretiza na vida de cada agente e na esperança partilhada com cada recluso. A Igreja em Moçambique, por meio desta pastoral, continua a ser um farol de misericórdia e uma voz profética em favor da dignidade humana, da justiça e da paz.
A Pastoral Penitenciária em Moçambique: Um olhar de Justiça, Paz e Misericórdia
A Pastoral Penitenciária, expressão viva da missão da Igreja Católica em Moçambique, tem uma história profunda e enraizada no país. Embora a sua atuação junto aos reclusos e às suas famílias remonte a muitos anos, manifestando o compromisso da Igreja com a Justiça e a Paz, foi em 2022 que essa ação ganhou um novo e significativo impulso.
Nesse ano, a Pastoral Penitenciária foi formalmente estabelecida como uma Comissão Episcopal independente, reconhecendo e fortalecendo o seu papel fundamental. A nomeação do primeiro diretor nacional marcou um ponto de viragem, dando início a uma nova fase de organização e expansão.