CEMIRDE Celebra Jubileu da Esperança junto aos migrantes e refugiados em Moçambique

“Migrantes, Missionários da Esperança,” foi o lema escolhido pelo Papa Leão XIV para celebrar o Jubileu dos Migrantes e Refugiados neste Ano Santo. A CEMIRDE, Comissão Episcopal para Migrantes, Refugiados e Deslocados, coordenada pelas Irmãs Scalabrinianas, celebrou no último domingo, 05, a grande festa intercultural com alegria e esperança renovada, aproximando cada vez mais as pessoas migrantes e refugiadas as comunidades locais.

Na Arquidiocese de Maputo, as festividades tiveram lugar na Paróquia São Pedro e São Paulo, Choupal, num belo evento que reuniu diferentes comunidade de Refugiados de Nacionalidade Ruandesa, Congolesa, Brandesa e outros migrantes de nacionalidades diversas. Estiveram presentes representantes do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, e do INAR, o Instituto de Apoio aos Refugiados, entre outros convidados.

O lema, “Migrantes, Missionários da Esperança”, foi a tônica que deu brilho ao evento, fazendo eco a mensagem do Papa Leão XIV, onde a Igreja reconhece não só a presença e contribuição positiva das pessoas em mobilidade, como também recorda que a Igreja é chamada a dar o seu testemunho sobre a vida dos migrantes e refugiados que constitui o elemento fundamental da Evangelização onde “os migrantes e refugiados podem, de modo particular, tornar-se missionários de esperança nos países que os acolhem, levando adiante novos caminhos de evangelização iniciando diálogos inter-religiosos feitos em busca de valores comuns.”

Como Igreja local, a Conferência Episcopal de Moçambique, através da CEMIRDE, promoveu em coordenação com as 13 Comissões Diocesanas da Pastoral da Mobilidade Humana, incluindo o Centro de Refugiados, de Maratane, Província de Nampula, várias atividades que iniciaram no mês de Setembro e tiveram o seu ápice no domingo, 05, em todas as dioceses/arquidioceses e paróquias, um momento ímpar para viver a cultura do encontro, do amor, do respeito pelas diferenças, promovendo a paz, a fraternidade, a justiça, enfim o bem comum para todos, onde cada irmão que chega de perto ou de longe, encontre um espaço para crescer e desenvolver na Integra seu potencial humano.

Foram momentos de intensa alegria e oportunidade de parabenizar todos os migrantes e refugiados pelo testemunho de resiliência, fé e esperança frente a tantos desafios encontrados no percurso até chegar ao país que os acolheu, mas também durante o tempo de permanência nele.

As reflexões também recordaram o compromisso evangelizador das comunidades locais que convivem no dia a dia com os migrantes e refugiados, cuja missão é reconhecer o valor, a dignidade e a contribuição positiva desses nossos irmãos e irmãs como uma oportunidade para melhor viver o acolhimento, proteção, promoção e integração nas comunidades e sociedade em geral, criando pontes e caminhando juntos em sinodalidade, tornando presente a convicção de São João Batista Scalabrini quando afirmava que, para o migrante ,“pátria é a terra que lhe dá o pão.”

Palavras não são suficientes para expressar a alegria que cada um sentiu ao celebrar seu grande dia Jubilar, com representação em todo País, mas também fora dele celebrando o jubileu junto aos moçambicanos trabalhadores das minas na República Sul-Africana e as comunidades locais. Vale ressaltar que muitos migrantes e refugiados não professam a religião católica, encontrando-se noutra oportunidade para celebrar.

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